“A vida do recém nascido, como toda existência individual do ser humano, está imersa na vida social das pessoas que o rodeia” - Lev Vigotski [OE - Tomo 2: “Psicologia Infantil].
A proposta da Psicologia Histórico Cultural é compreender a consciência do ser humano em sua totalidade, que pode corresponder a ‘unidade da vida social e da vida privada’, não podendo assim separa-las para se entender e intervir nos avanços e nas dificuldades psicológicas que vão, no decorrer da história do ser humano, se desenvolvendo.
Desta forma, a pensar a Psicologia Infantil (da investigação dos componentes da consciência e a intervenção psicoterápica nas dificuldades), o terapeuta Vigotskiano terá como direcionamento, além da unidade interventora de ‘criança, família e escola’, o próprio conceito de relação social/relacionamento dele com a criança (o que na psicologia tradicional, poderíamos chamar de “vínculo terapêutico”). É aqui, na relação terapêutica, que a criança aprende e se desenvolve - com a ajuda do terapeuta e, em conjunto, de seus cuidadores - a avançar sobre suas dificuldades.
A criança não aprende e se desenvolve sozinha, por si, apenas com os atributos fisiológicos, da natureza. É através da vida social (suas relações com o outro), que ela vai construindo sua personalidade, seu aprendizado e sua história, e compreendendo o significado dos papéis sociais de sua cultura.
Compreendemos a importância das relações sociais no desenvolvimento da criança, se torna atualmente emergente, uma vez que a saúde no “mercado” tem individualizado (concentrado na criança) o aparecer e também a melhora de transtornos e sofrimentos que estão relacionados, na maioria das vezes, a estrutura social que a criança vive.
A Psicologia Histórico Cultural nos é emergente, tanto para estudos quanto para a Psicoterapia Moderna.